Peter Paul Rubens representa o episódio bíblico do livro de Reis. Senqueribe enfrentou também o monarca judeu Ezequias, que teria formado uma aliança com fenícios e filisteus contra os assírios. Em 701 a.C. Senaqueribe moveu uma campanha contra cidades destes três reinos, que foram destruídas e submetidas ao julgo do imperador. Embora o segundo livro de Reis apresente uma versão amenizada da história do cerco de Jerusalém (2Reis 18, 2Reis 19), segundo a qual Senaqueribe teria abandonado o intento de destruir a capital de Judá devido à intervenção de Javé (2Reis 19,35-36), uma inscrição do rei assírio descreve uma situação muito mais grave. De acordo com ele, "Eu o tranquei [Ezequias] em Jerusalém, sua cidade real, como um pássaro na gaiola. (…) Eu lhe impus pagamentos e presentes por minha soberania, além de seu tributo anterior, pago anualmente." Ainda de acordo com Senaqueribe, Ezequias teria entregue como tributo (demonstração de sua obediência) ouro, prata, marfim e, inclusive, suas próprias filhas. Na História de Heródoto, segundo livro parágrafo 151, o autor descreve um desastre ocorrido num combate entre assírios e egípcios. De acordo com o grego "(…) Quando Senaqueribe, rei dos Árabes e dos Assírios, veio atacar o Egito com um grande exército, os guerreiros negaram-se a lutar em defesa da pátria. Vendo-se em tão difícil situação, Setos dirigiu-se ao templo e ali, diante da estátua do deus, pôs-se a lamuriar pela sorte funesta que parecia aguardá-lo; e assim, deplorando suas desgraças, adormeceu. Em sonhos, julgou ver o deus encorajando-o e assegurando-lhe que se marchasse ao encontro dos Árabes, a sorte estaria do seu lado, pois ele próprio, o deus, lhe enviaria socorros. Cheio de confiança na visão, Setos reuniu todas as pessoas de boa vontade e dispostas a segui-lo e foi acampar em Pelusa, ponto chave do Egito. Seu exército era composto exclusivamente de negociantes, artífices e vivandeiras. Nenhum guerreiro acompanhava-o. Logo que essas tropas improvisadas chegaram à cidade, espantosa multidão de ratos do campo espalhou-se pelo acampamento inimigo, pondo-se a roer os ameses, os arcos e as correias que serviam para manejar os escudos de maneira que, no dia seguinte, os árabes estavam sem armas, e assim lutando foram fragorosamente derrotados". Essa passagem tem sido interpretada como uma versão da narrativa bíblica sobre um possível desastre que teria retardado as conquistas assírias. Senaqueribe também conquistou parte da babilônia e destruiu a cidade sagrada por volta do ano 689 a.C. A estátua do deus babilônico Marduk foi levada para a Assíria.
Guerra com Judá
ResponderExcluirPeter Paul Rubens representa o episódio bíblico do livro de Reis.
Senqueribe enfrentou também o monarca judeu Ezequias, que teria formado uma aliança com fenícios e filisteus contra os assírios. Em 701 a.C. Senaqueribe moveu uma campanha contra cidades destes três reinos, que foram destruídas e submetidas ao julgo do imperador.
Embora o segundo livro de Reis apresente uma versão amenizada da história do cerco de Jerusalém (2Reis 18, 2Reis 19), segundo a qual Senaqueribe teria abandonado o intento de destruir a capital de Judá devido à intervenção de Javé (2Reis 19,35-36), uma inscrição do rei assírio descreve uma situação muito mais grave. De acordo com ele, "Eu o tranquei [Ezequias] em Jerusalém, sua cidade real, como um pássaro na gaiola. (…) Eu lhe impus pagamentos e presentes por minha soberania, além de seu tributo anterior, pago anualmente." Ainda de acordo com Senaqueribe, Ezequias teria entregue como tributo (demonstração de sua obediência) ouro, prata, marfim e, inclusive, suas próprias filhas.
Na História de Heródoto, segundo livro parágrafo 151, o autor descreve um desastre ocorrido num combate entre assírios e egípcios. De acordo com o grego "(…) Quando Senaqueribe, rei dos Árabes e dos Assírios, veio atacar o Egito com um grande exército, os guerreiros negaram-se a lutar em defesa da pátria. Vendo-se em tão difícil situação, Setos dirigiu-se ao templo e ali, diante da estátua do deus, pôs-se a lamuriar pela sorte funesta que parecia aguardá-lo; e assim, deplorando suas desgraças, adormeceu. Em sonhos, julgou ver o deus encorajando-o e assegurando-lhe que se marchasse ao encontro dos Árabes, a sorte estaria do seu lado, pois ele próprio, o deus, lhe enviaria socorros. Cheio de confiança na visão, Setos reuniu todas as pessoas de boa vontade e dispostas a segui-lo e foi acampar em Pelusa, ponto chave do Egito. Seu exército era composto exclusivamente de negociantes, artífices e vivandeiras. Nenhum guerreiro acompanhava-o. Logo que essas tropas improvisadas chegaram à cidade, espantosa multidão de ratos do campo espalhou-se pelo acampamento inimigo, pondo-se a roer os ameses, os arcos e as correias que serviam para manejar os escudos de maneira que, no dia seguinte, os árabes estavam sem armas, e assim lutando foram fragorosamente derrotados". Essa passagem tem sido interpretada como uma versão da narrativa bíblica sobre um possível desastre que teria retardado as conquistas assírias.
Senaqueribe também conquistou parte da babilônia e destruiu a cidade sagrada por volta do ano 689 a.C. A estátua do deus babilônico Marduk foi levada para a Assíria.